terça-feira, 14 de agosto de 2007

Promessa da alvorada



Saber esperar, a virtude dos mortos...
saber ouvir, a solicitude dos sábios...
saber falar, a estultícia dos políticos...
saber chorar, a coragem dos valentes...

Não sei bem o que fazer...
não sei bem o que pensar...
não sei se arranco-me da vida...
não sei se de Você posso me esconder...

Até amanhã te disse hoje...
até depois da noite alvorecer...
até que a morte nos separe...
até que eu perca as esperanças...

Saber esperar, a tormenta dos anciosos...
saber ouvir, o marasmo dos arrogantes...
saber falar, a fobia dos mentirosos...
saber chorar, a experiência do oprimido...

Sei exatamente como agir...
sei precisamente no que refletir...
sei que posso não ter nascido ainda...
sei que Você sem mim continua...

Até sempre algum dia te direi...
até não haverem mais dilúculos...
até que a vida nos una...
até que Teu plano se cumpra...