segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sinner Loved or not?

Salve à hipocrisia! Et ante ao preconceito! Glórias ao orgulho! Arrogância. soberba... que movimentos pró-vaidade se tornem cada vez mais exuberantes e robustos, afinal de contas, é onde tudo culmina!

Será que realmente sou amado pela minha, eminente, natureza pecaminosa? Ou será que psicopaticamente por ela sou odiado? Por que sou esquecido em Seus pensamentos?

Quantas vezes devo reconhecer a derrota, até que venha o socorro? 70 x 7? De ficar de pé, minhas insistentes e agonizantes tentativas, apodrecendo estão, no sucesso da descrença... (Mestre Yoda, que inveja!)

E agora, quem poderá me defender? Silêncio...

PS.: Sem essa de Chapolin Colorado...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tempo de Deus...


Já viu o tempo pedir tempo? Não? Nem eu. Tempo implacável não é?

Tempo mocinho, tempo bandido... de herói a vilão, assistimos aflitos a saga deste fator inanimado esperando por um final, quem sabe, feliz!

É amado por muitos, odiado por outros. Seus métodos são puramente intransigentes em seu modo de suplantar a agonia. Percebe-se uma notável e eficiente metodologia em mortificar a fobia. Há quem o suporte, há quem não.

Mas alguém já se perguntou o porquê de tanto tempo? Tempo de chorar, tempo de sorrir. Tempo de plantar, tempo de colher. Tempo ruim, tempo bom. Tempo fechado, tempo escancarado.

Para o teimoso, o tempo se arrasta no tempo, acorrentando-se aos ventos do oriente e apavorando a poeira, a poeira da desgraça.

O tempo é utilizado por nós e para nós. O tempo é nosso, mas não nos pertence. Seu poder de cura é tão vigoroso quando a ferida que ele causa. Não tem remédio, é bom que se acostume!

O tempo é dEle, mas Ele não o usa. O tempo é Ele, mas a isso Ele não se atenta. Talvez, tenha se esquecido de que Seu tempo não é cronológico e completamente diferente do nosso. Também não tem remédio, é bom que se acostume!

Para o redimido, o tempo é passageiro, viajando nas largas asas das ventanias do norte. Sua chegada levanta uma brisa suave e arrebatadora, a brisa da glória de Deus.

Seu tempo é bom, perfeito e agradável. Sua vida será abundante em dias. Tudo, ao que espera, será restituído. Toda expectativa e consternação, lembranças e estações; de tempos em tempos, de eternidade em eternidade.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Espinho na carne...




Noite comum; atípica sensação de momento; insônia de pensamentos; e eu aqui, derramando lágrimas resequidas pelas lamentações de meu ser.

Sou cheio de vida; uma alma aguerrida; cheio de explicações para tudo e todos; perdido na imensidão evasiva dos conceitos sobre o que é servir.

Qual é a direção? Por que tenho a impressão de andar em círculos? Como edificar o Teu templo? Não vislumbro Tuas pegadas; sentimentos entorpecem meu coração...

Existe uma algazarra aqui. Ouço tantos gritos e ansiedade! Não consigo discernir Tua voz? Calem-se! Deixem-me ouvir a voz da razão! Não preciso de más influências...

Por que não me resgata e liberta de uma vez por todas, das entranhas escamoteáveis dessa concupiscência assoberbada?

Maldita carne crua! Maldita crua carne...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Amor eterno



Conhecer a si mesmo é muita das vezes reconhecer que nunca nos conheceremos o suficiente. Abster-se das próprias vontades é como apunhalar o próprio peito. É como suicidar-se e tornar à vida. Despreocupe-se com o inevitável, homens de milhares de olhos; arranque-os e te nascerão outros milhões.

Vivificar os desejos mais sórdidos da carne é, potencialmente, desconhecer o sentido da existência. É possível afirmar que se trata da mais estúpida demonstração de inteligência; é ter certeza absoluta do que é absolutamente duvidoso; é se alimentar do vômito como os cães e se saciar do suor dos leprosos... é arriscar-se à morte por nada.

Entretanto, é a melhor oportunidade de caminhar pelas veredas da alma e curar-se com a mais perfeita, boa e agradável das vontades. É finalmente interromper o ciclo finito da angústia, entendendo que quando se perde se ganha. "É deveras melhor que sem olhos descortines a vitória do que, com eles, seres velado".

Nossos prazeres são existencialmente potencializados pelo amor de Cristo. Amor embrião da morte e da vida. Sentimento da nobreza humana de um Deus-homem, homem-Deus que dela se despiu e, que nos produz a certeza de que sem este é impossível agradá-lo. Quem alimentar-se do pão da vida e saciar-se da fonte de água viva, desse Amor se eternizará.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A pergunta que não se cala...

Eu aborreço-Te ou quem sabe... Lisonjeio-Te um pouco mais através de minhas rancorosas amarguras... Minhas amarras... Meus solfejos...

Por que é tão difícil perdoar? Por que é tão difícil reconhecer que a fraqueza da carne potencializa a força do espírito? Por que me julgo incapaz antes mesmo de me capacitar? Após meu injuriado perjúrio me atormento com mais um dia de atraso... Não me abandonas, mas também não me socorres... Não percebes que o grito significa dor? Não percebes que a angústia se multiplica como um câncer bem nutrido e sadio? Não entendes que o sabor salgado das minhas lagrimas adocica minha incredulidade? Quantos questionamentos a mais serão necessários até que Tu me concedas uma fagulha do Teu precioso Amor? Ou será que no dia em que me deitei aos pés da morte fui apagado do livro sagrado que me alistara como soldado da salvação?!?! Solicito meu reaproveitamento na junta militar dos “oreias da segunda chance” para que novamente meu coração seja atravessado com Tua espada de dois gumes... Preciso novamente sentir o impacto do Teu poder... Impacto esse tão forte que para cada sorrateira lembrança, leve certeira e grosseiramente o rosto ao chão de fraqueza e estonteamento. Será que sou tão fétido assim que não sou mais digno de banhar-me em teu sangue? Será que estou assim... Assim tão cadavérico que um punhado de Tua água não me traria à vida novamente? Por que não me sinto mais ignorado do que posso compreender? Talvez por que não seja tão sábio quanto Daniel... Que lástima... Nunca serei!!!

Por que permites que eu me embarace em meio às teias das minhas iniqüidades? Por que tenho o receio de estar sendo ajudado a tecer o enxoval do meu próprio óbito? Por que os mortos são mais apresentáveis e corados do que quando em vida? Será que estou andando na direção contrária a Teus ensinamentos? Será que lançado estou ao bel-prazer dos mal-feitores que me perseguem? Ou será que a cegueira não me permite vislumbrar Tua proteção?

Gostaria derradeiramente de sentir a brisa gostosa e refrescante no abrando sublime do Teu sopro... Gostaria de me aconchegar no conforto de Teus tratos... Gostaria que inclinasses teus ouvidos onipresentes e que atentasse Tua mente onisciente aos meus adágios... Só mais uma vez... Até eximirem-me as forças eu decorarei o meu barco com ornamentos de anjos... Ouves a minha súplica? Se clamo, é porque não posso sozinho... Se grito, é porque não pude vencer-me... Sou apavorado por nascimento e discreto por necessidade... Já imagino se todos pudessem realmente entender essas “viagens” que escrevo, novamente em meio às trevas e silêncio de um quarto vazio, somente alumiado por feixes de luzes focalizados em palavras que insistem em relatar mais uma noite em claro de um dia escuro... Quiçá pudessem entender-me... Qual é a fórmula secreta, se é que existe uma, para a pés descalços atravessar uma estrada recheada de brasas, espinhos e as mais horrendas desgraças, sem que uma sujeira sequer se acalente?

Disseram-me que, dentre os outros, o prego que mais se destaca fatalmente é o martelado...

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Passos feridos...


As vezes perecemos por desconhecer o poder concentrado dos nossos sentimentos... Sabia que as nuvens só estarão sob seu caminhar... sabia que nada será como antes até que d'eles tu fores íntimo, como uma só carne... Isso por quê entrega-mo-lhes o que lhes é de direito... o direito intransferível de cuspir em nossa face cada vez que olhamos para baixo...

Já teve a sensação de caminhar a vida toda e mais seis meses e não chegar a lugar algum... todos os seus sonhos... suas experiências... toda a sua "glória"... tudo isso não servir nem para a estação de tratamento de esgoto mais próxima à sua casa... aquela sensação de que ao final do dia o que você conseguiu foi acumular calos de insatisfação, graças as obras de suas mãos...

Quando retiro os sapatos e deixo escorrer o sangue, já coagulado, após a última gota respingar a calça que usarei no dia seguinte, me surpreendo com a cancra maligna que assola a planta do meu melhor pé... imaginem a dor aguda que emana do fundo da alma!!! Alguém tem um analgésico aí? Bom, mas como ia dizendo, invariavelmente, é como se lentamente, feridas cicatrizadas fossem cavucadas e dilaceradas pelas pontas afiadas e da desilusão... é como se na raiz do alicerce, estivesse cravado, um caco coxeante, impacando a alçada dos saudosos vôos ilimitados...

Isso tudo não te serve para nada... poderia descrevê-lo simplesmente como um ator que, ao silêncio de sua merecida ovação, ou até mesmo ao som de injustas vaias, entrega à vida sua coragem meretrícia... consigo compreender sua dor... consigo divisar através das chagas e penetrar em seus pensamentos... não consigo discernir bem o que senti, mas adianto que é algo próximo ao desgosto de perder um filho...

Não adianta você se preocupar comigo... tentar fazer-me melhor não resolverá meus problemas... também não quero por perto quem me têm por coitado.. quem ama-me por piedade... por que eu sempre vejo medo por trás desses olhos verdes??? Quão difícil têm sido manter a cabeça erguida... sempre que chega a hora de ir embora uma lágrima de saudade e um grito de desespero amaldiçoam-me por ter onde morar...

Hoje eu me feri mais um pouquinho... sem contar as partes mutiladas que já nem sinto mais... é muito fácil pedir para ser diferente, o difícil é viver na personificação da indiferença... é extremamente ávido julgar-me fraco... pois ser forte é ludibriar seus próprios desejos... mais sublime que privar-me de desfrutar minha jovialidade... é negar-me o direito de sorrir só para ver até onde eu suporto chorar...

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Promessa da alvorada



Saber esperar, a virtude dos mortos...
saber ouvir, a solicitude dos sábios...
saber falar, a estultícia dos políticos...
saber chorar, a coragem dos valentes...

Não sei bem o que fazer...
não sei bem o que pensar...
não sei se arranco-me da vida...
não sei se de Você posso me esconder...

Até amanhã te disse hoje...
até depois da noite alvorecer...
até que a morte nos separe...
até que eu perca as esperanças...

Saber esperar, a tormenta dos anciosos...
saber ouvir, o marasmo dos arrogantes...
saber falar, a fobia dos mentirosos...
saber chorar, a experiência do oprimido...

Sei exatamente como agir...
sei precisamente no que refletir...
sei que posso não ter nascido ainda...
sei que Você sem mim continua...

Até sempre algum dia te direi...
até não haverem mais dilúculos...
até que a vida nos una...
até que Teu plano se cumpra...